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segunda-feira, 29 de março de 2010

Sinval apresenta EcoMoradia a prefeitos do Sudoeste

Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná recebe presidente da AMCG

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O prefeito de Tibagi e presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), Sinval Silva (PMDB), participou na última sexta-feira (26) de reunião com 27 prefeitos da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (AMSOP), no centro de eventos de Francisco Beltrão. Ele foi convidado pela juíza da Vara do Trabalho daquela região, Emília Simeão Albino Sako, para expor o programa de habitação EcoMoradia, “com a intenção de conhecer a proposta e tentar aplicá-la no Sudoeste, especialmente no município do Palmas, onde o problema da falta de habitação é crítico”, como conta a juíza.

Na sua opinião, a reunião foi produtiva porque todos os prefeitos ficaram interessados na iniciativa, que prevê construção de casas com tijolo ecológico, telhas de embalagens recicladas e madeira certificada a preço acessível à população da base da pirâmide social. “É uma experiência inédita no Brasil e achei bem inovadora. Gostei muito da iniciativa que mostra que o prefeito de Tibagi é uma pessoa destemida”, disse a juíza. “Houve interesse geral sobre o programa e a maneira como está sendo implantado. É aplicável à realidade da região. É alguma coisa para se pensar, porque cabe no orçamento dos municípios e é preocupação nossa, principalmente porque atende àqueles que não têm habitação e nem renda”, destacou, reforçando que “todos têm direito à moradia”.

Emília também falou sobre a situação do município de Palmas, principal afetado com o problema da falta de habitação. “Mais de 80% da população daquele município não têm casa e nem trabalho. Com esta proposta, pode nascer uma nova dinâmica”, relatou a juíza. Ela ainda contou que no dia 15 de abril terá encontro com o corregedor regional de Curitiba da Justiça do Trabalho Arnor Lima Neto, para apresentar o programa EcoMoradia. “Certamente é uma ideia que pode ser disseminada por todo o Estado”.

Para o presidente da AMSOP, Eduardo Gaievski (PT), prefeito de Realeza, o programa pode representar uma alternativa à região. Sinval Silva explicou que as moradias são de baixo custo, de impacto ambiental reduzido e utilizam mão-de-obra associativista. “O projeto agrupa preservação ambiental e cooperativismo para a construção de casas. É um ideal que vem sendo buscado em todo o planeta e que agora temos condições de implantar”, sublinhou. O EcoMoradia também integra ações do programa da Organização das Nações Unidas com os Oito Jeitos de Mudar o Mundo.

As unidades têm 36 m², ao custo de aproximadamente R$ 150 o metro quadrado, somando R$ 5,4 mil depois de prontas, incluindo kit básico de móveis em MDF.

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