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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A culpa sempre é do... Velho!

E não adianta. Entra ano e sai ano, e sempre a mesma coisa! Por todos os cantos se ouvem cânticos de “Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo!”... Até muitos inimigos são capazes de trocar abraços e desejarem-se um Feliz Ano Novo.

Ninguém perdoa mesmo!

A culpa de tudo sempre, é do Velho, e sempre também a esperança é de que o Novo traga mais sucesso, fortuna, felicidade, amores... Porque o Velho não trouxe! Chegamos a dizer que já vai tarde coisa ruim, ma isso só até que o Novo também termine, e tendo ficado Velho, será também execrado e na maioria dos casos, expulso das vidas de muitos. Basta que não acertemos na loteria, que a esperada promoção profissional não venha, que o sucesso resolva esperar para aparecer um tempo mais a frente! Quando as coisas não dão certas, algum bode expiatório é preciso arrumar, e ele é mais fácil. Pouco importa se deixamos a desejar pessoal ou profissionalmente, mas ao final do ano, o que se vai, é o culpado. E como nos fica fácil também dizer, que se vá para nunca mais voltar, e é claro que não vai voltar mesmo, e por isso é que dizemos em alto e bom som, soltando todo o ar dos pulmões. Mas na verdade o que estamos fazendo, é só mandando para o lixo um velho tapete sob o qual varremos nossos erros por 365 dias, e colocamos na sala, um novo. Que ao final de outros 365 longos dias, estará também entulhado de erros, promessas não cumpridas, projetos esquecidos, pequenas e grandes mentiras, desculpas por “enganos”, e muitos “foi mal!”.

E lá estaremos de novo, vestidos com as cores que dizem trazer sorte para o ano seguinte, brincando e cantando outra vez... “Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo!”

É que está na hora de mandar embora de novo o Velho, e esperar que o Novo faça por nós, o que nós nunca fazemos. Afinal, ele vai ficar Velho também, ora! Como eu! Por isso, vou começar a cuidar agora do Velho que está terminando. Eu, não vou esperar o Novo chegar a Velho, não!

Antonio Jorge Rettenmaier - Coluna Fala Sério

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