Uma das coisas que mais me intrigava na infância era a história do pote de ouro ao pé de um arco-íris. Intrigava porque jamais foram capazes de me dizer se era no pé de cá ou no pé de lá, ou se havia um pote em cada lado. Também nunca conseguiram me dizer quem poderia estar tomando conta deste pote de ouro, quem o havia deixado, ou os havia deixado lá. Só diziam que estava ou estavam enterrados ao pé do arco-íris! Ora bolas! A falta de competência em falar do pote ou potes era tanta, que não sabiam me dizer sequer se um era maior ou menor do que o outro, se um tinha mais ou menos ouro do que o outro. E querem saber de uma coisa? A incompetência deles está agora me sendo fustigada, porque embora já tenha passado a muito da idade adulta, também não sei dizer quais as diferenças. Mas... Digamos que pudesse agora lhes contar um conto de improviso, vocês acreditariam? Nem quero saber da resposta. Mas conto assim mesmo, porque continuo teimoso na busca do pote de ouro. Um menino perguntou a um velho se era verdade da existência de um pote feito de barro cheio de ouro ao pé do arco-íris, e o velho disse que sim. O menino queria saber se era ao pé de cada base do arco e se eram de tamanhos iguais, ou se havia mais de um pote em um só pé do arco-íris. O velho ficou em dúvida e perguntou ao menino qual ele escolheria se houvessem dois potes de tamanhos diferentes e quantidades diferentes de ouro. O pequeno disse que ficaria com o menor e o velho quis saber por que, já que o maior lhe daria felicidade, riqueza e poder. “Eu só quero a felicidade!” E à partir desta semana conosco também os jornais Folha Pontal de Pontal do Paraná - PR, Folha da Cidade de Telêmaco Borba - PR e Novo Tempo de Santa Izabel do Oeste – PR.
Antonio Jorge Rettenmaier, Escritor, Cronista e Palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Independentes. Esta Coluna está em oitenta jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior. No You Tube acesse a Fala Sério! Em vídeo através do ajorgefalaserio. Contatos ajrs010@gmail.com
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